A placenta é um órgão que se desenvolve apenas na gravidez, quando, após a fecundação, o zigoto se fixa na parede uterina, em um processo chamado nidação. Ela é irrigada por múltiplos vasos sanguíneos, que recebem o sangue da mãe, rico em nutrientes e oxigênio, e o transporta para o feto, através do cordão umbilical. Ou seja, é indispensável para o crescimento e a alimentação do bebê.
Conforme a gravidez avança, a placenta vai amadurecendo, ficando mais dura e calcificada. O grau placentário que aparece no laudo da ultrassonografia apenas determina em qual estágio desse amadurecimento ela está.
Quais são os graus da placenta?
Grau 0: estágio em que a placenta tem uma aparência homogênea, sem sinais de calcificação. É característica do primeiro trimestre.
Grau I: começa a apresentar uma textura mais ondulada, alguns pontos calcificados, indicando um pequeno desgaste. Nessa fase, o órgão já consegue transportar os nutrientes e o oxigênio ao feto com mais eficiência, e se mantém dessa forma até a 28ª semana, aproximadamente.
Grau II: geralmente, é o estado que permanece por mais tempo na gravidez. A calcificação é mais acentuada especialmente na parte onde se liga ao útero. É comum que esse estágio se mantenha até a 37ª semana ou até o parto.
Grau III: somente 30% das gestações chegam ao grau III. A placenta apresenta uma calcificação generalizada, o que não significa que há uma necessidade de adiantar o parto — o órgão continua cumprindo sua função de forma correta.
Minha placenta atingiu o grau III antes da 34ª semana. O que isso significa?
Quando a placenta atinge o grau III a essa altura semanal, é necessário verificar a oxigenação do bebê através do Doppler. Se estiver normalizada, não há com o que se preocupar. Essa condição também pode ser um alerta de que o bebê está crescendo em um ritmo mais reduzido. Nesse caso, geralmente o obstetra recomenda repouso e dieta especial para estimular o desenvolvimento.
Muitos mitos envolvem o grau da placenta. O correto é encará-lo como apenas mais um dado técnico. Mantendo seus exames e ultrassonografias em dia, é possível acompanhar o desenvolvimento e crescimento de seu filho, prevenindo e conhecendo quaisquer complicações que podem eventualmente ocorrer.
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Dr. Luiz Gustavo R. Melo
CRM – 8504/DF
Ginecologia / Obstetrícia
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